2021 Relatório de insights globais
No setor de jogos, inovar com os insights mais recentes é fundamental para alcançar o sucesso em todo o mundo. No Google, acreditamos que os melhores jogos precisam ser alimentados pelos melhores insights.
O que é o Google para Jogos?
Oferecemos soluções em todo o ciclo de vida do seu negócio de jogos.
Com uma coleção de boas ferramentas para ajudar em todo o ciclo de vida e atingir bilhões de usuários todos os dias, o Google é o parceiro ideal para fazer seu jogo ficar ainda melhor.
Tendências de pesquisa
Uma pergunta clássica para o Google: o que os gamers no mundo todo estão buscando? As palavras-chave sobre jogos e as pesquisas relacionadas no Google cresceram muito em 2020. Veja algumas das principais descobertas:1,2
- As pessoas pesquisaram hardwares e acessórios.
- Elas buscaram comunidades competitivas.
- Os gamers consumiram gêneros imersivos.
- Os jogos foram usados no aprendizado de coisas novas.
Novos jogos
No começo do ano, com o crescimento no número de pessoas em casa, gamers novos e veteranos passaram a jogar cada vez mais para socializarem. Essa mudança pode ser vista no aumento dos downloads entre janeiro e junho.3
Art. de opinião
No mundo dos jogos, o sucesso geralmente é definido em bilhões de dólares de receita ou em dezenas de milhões de downloads. A realidade é que a maioria dos jogos no mercado nunca chega nem perto disso. Nem todo jogo é um Call of Duty ou Candy Crush. Mas até mesmo os menores estúdios podem ter sucesso em longo prazo com a abordagem certa de crescimento para a empresa...
Art. de opinião
No mundo dos jogos, o sucesso geralmente é definido em bilhões de dólares de receita ou em dezenas de milhões de downloads. A realidade é que a maioria dos jogos no mercado nunca chega nem perto disso. Nem todo jogo é um Call of Duty ou Candy Crush. Mas até mesmo os menores estúdios podem ter sucesso em longo prazo com a abordagem certa de crescimento para a empresa. É claro que, no geral, os desenvolvedores de jogos são responsáveis por algumas das estratégias e tecnologias mais inovadoras nos últimos anos, estando na vanguarda de um dos setores que crescem mais rápido. Porém, se sua ideia de sucesso é ser popular em um grande mercado de jogos, então você não está pensando em todas as nuances desse cenário.
Minha equipe e eu passamos bastante tempo pensando sobre como cada desenvolvedor de jogos, tenham eles 50.000 ou 50.000.000 downloads, pode alcançar o sucesso neste mercado altamente competitivo. Nas minhas conversas com diferentes empresas, sempre ouço a pergunta "Como estamos em relação a outros desenvolvedores? Estamos indo bem?".
Esta é a questão: para ter sucesso em longo prazo, você precisa entender onde está agora e, a partir daí, planejar as próximas etapas. Claro que é importante observar o que a concorrência está fazendo. Mas, algumas vezes, desenvolvedores de jogos em crescimento ficam tão obcecados em vencer os concorrentes que acabam abandonando coisas que poderiam ajudá-los a construir uma empresa mais sustentável. Em outras palavras, não deixe que seu espírito competitivo fique entre você e seus melhores interesses. Entendo o desejo de imaginar coisas grandiosas e tentar desenvolver um jogo AAA ou ter um app entre os mais rentáveis na Google Play Store. Mas isso é não é tão simples assim. O sucesso depende de como você combina seus títulos com o que o mercado quer e da maneira como você organiza e opera sua empresa.
O caminho para o crescimento planejado começa com as perguntas certas, mesmo que elas sejam difíceis de responder. Veja algumas sugestões:
"Seu público-alvo está gostando dos seus jogos?"
O engajamento está sendo bom nos primeiros minutos de jogo? A retenção é alta? Estes são bons indicadores para mostrar se você está progredindo no mercado. Por outro lado, se você está com dificuldades para manter as pessoas jogando, isso só vai piorar com o tempo. Sem uma base sólida de jogadores que representam o valor do jogo (por exemplo, alcançar o nível desejado de compras no app) e uma frequência de jogo ideal, você não deveria pensar em crescimento até melhorar nesses aspectos. Por isso, não é certo acreditar que um jogo de sucesso é simplesmente uma ideia brilhante com uma retenção fora dos padrões. O que você quer, de início, não é uma ótima ideia para um jogo, mas sim um jogo que continue crescendo em meio a todas as revoluções tecnológicas.
"Fica muito caro promover o jogo?"
Suas taxas de conversão justificam os gastos com marketing? As pessoas estão descobrindo seu jogo de maneiras novas ou inesperadas? O ideal é que você consiga falar com clareza e confiança onde planeja investir mais e como isso ajudaria você a crescer. Desenvolva uma "tese" de investimento e não a abandone. Costuma-se dizer que o produto faz o jogo, mas quem o promove é o marketing. As melhores empresas de jogos trabalham incansavelmente para integrar as duas coisas.
"Seu modelo de negócios é realista?"
Você tem um número suficiente de funcionários para acompanhar o crescimento do mercado? Um estúdio com apenas cinco pessoas que publica um jogo a cada dois anos talvez não aprenda rápido o bastante para formar uma empresa sustentável.
"Seu mercado-alvo é muito pequeno?"
Muitos desenvolvedores acham que não têm recursos suficientes para expandir além do mercado local ou acreditam que sucesso significa ter notoriedade nos EUA ou na China, quando deveriam estar gerando receita expandindo para vários países menores.
Desenvolvedores em ascensão que não consideram questões como essas correm o risco de expandir quando ainda não estão prontos. Como líder de uma empresa de jogos, quanto mais você pensar na sua organização como um organismo em constante evolução, mais você testará seus produtos, a eficácia do marketing e o valor do seu projeto. E quanto mais você testar (e falhar), mais você aprenderá. Não se esqueça de que quando você expande sua empresa e começa a pensar nos próximos passos, o mais importante é saber: "O que te trouxe até aqui não é o que vai te levar adiante."
Mais cedo ou mais tarde, todo jogo atinge o limite dos mercados e jogadores para o qual foi projetado. Os estúdios terão que decidir se querem crescer lançando novos títulos. A capacidade de criar um jogo cuja linha de crescimento sobe enquanto a de outro desce é a dinâmica de todas as empresas de sucesso que conseguem se expandir. É importante lembrar de que nem todas as empresas de jogos têm essa ambição, e isso não significa que elas não têm sucesso. Você precisa decidir o que é melhor no seu caso, com base nos jogos que oferece. É preciso encontrar o equilíbrio certo: decidir quantas curvas de crescimento você quer equilibrar e aceitar as vantagens e desvantagens.
Uma das coisas boas da indústria de jogos é que as barreiras para entrar nela são relativamente fáceis de ultrapassar, principalmente no caso de jogos para dispositivos móveis, e há oportunidades de sucesso em todos os tipos de mercados e gêneros. Você pode ir de 0 a 100 se encontrar a combinação certa de mercado e gênero. E o setor continua crescendo. Existem mais gamers hoje do que um ano atrás, e a receita está aumentando a praticamente 10% ao ano1. Essa tendência não mostra sinais de desaceleração. Há excelentes talentos e ótimas oportunidades para desenvolvedores menores, além de espaço mais do que suficiente para muitos crescerem. No entanto, é preciso entender primeiro o que o sucesso significa para você (não para o mercado como um todo) e, depois, pensar em como sua própria equipe, cultura e produto podem contribuir com esse sucesso.
Gamers mulheres
Por exemplo, o mercado de jogos na China continua crescendo, e as gamers estão começando a ganhar espaço. Em 2019, a China passou a ter a maior comunidade feminina no mundo todo, representando 45% do total de gamers chineses.4
Art. de opinião
A China é, há bastante tempo, muito importante no ecossistema global de jogos. Os clientes chineses sempre receberam bem os jogos feitos nos Estados Unidos, na Coreia do Sul e em outros mercados internacionais, mas, nos últimos anos, os editores estão tomando a dianteira em relação aos concorrentes em vários gêneros.
Art. de opinião
A China é, há bastante tempo, muito importante no ecossistema global de jogos. Atualmente, ela está entre os três principais países do mundo com as maiores receitas no setor de jogos. 1Os clientes chineses sempre receberam bem os jogos feitos nos Estados Unidos, na Coreia do Sul e em outros mercados internacionais, mas, nos últimos anos, os editores estão tomando a dianteira em relação aos concorrentes em vários gêneros.
Na verdade, alguns dos jogos mais inovadores atualmente são da China. O PUBG Mobile da Tencent e o Knives Out da NetEase estão oferecendo experiências de jogabilidade inovadoras na categoria de battle royale, e o Genshin Impact da Mihoyo foi reconhecido pelo revolucionário desenvolvimento de um jogo AAA. Editores internacionais tentando entrar no mercado chinês precisam saber o que é necessário para isso. Veja abaixo cinco estratégias para você entrar e vencer no mercado da China:
Inovar e melhorar continuamente
Ao longo dos anos, desenvolvedores chineses têm criado jogos para dispositivos móveis de alta qualidade, como o Honor of Kings. Mas isso não tem sido o bastante. Por exemplo, eles vêm trabalhando para aprimorar a jogabilidade em dispositivos móveis para igualar a qualidade da experiência ao nível dos jogos em PCs e consoles. Que lição podemos tirar disso? Não basta criar um jogo de alta qualidade. É preciso também aprimorá-lo constantemente e adicionar conteúdo novo. Para fazer isso, você pode seguir dando prioridade a iterações para melhorar a jogabilidade fundamental e colaborar com donos de IPs e marcas para criar conteúdo envolvente e oferecer suporte em tempo real para seus jogos.
Aproveitar rapidamente as tendências populares
As empresas chinesas são rápidas na hora de identificar tendências na comunidade dos gamers e incorporá-las aos novos títulos. Durante anos, não existiam jogos do tipo arena de batalha on-line multiplayer (MOBA, na sigla em inglês) voltados aos dispositivos móveis. Isso ocorria em grande parte porque os desenvolvedores tradicionais achavam que o gênero não funcionaria bem em smartphones. A Tencent inovou e mostrou que isso era possível com jogos como o Honor of Kings, trazendo à realidade o que parecia impossível. No setor de jogos, o tempo de lançamento é crucial. Um atraso de meses ou até mesmo de semanas em um projeto é o suficiente para que os concorrentes lancem opções mais rapidamente e conquistem a liderança.
Os chineses entendem isso perfeitamente, tanto que os principais editores da China trabalham sem parar com equipes de desenvolvedores para lançar jogos nas app stores o mais rápido possível. Além disso, muitos implementaram um mecanismo de competição interna que oferece recompensas às equipes mais rápidas com os títulos com o melhor desempenho. Para conseguir acompanhar a China, os editores de outros países precisam operar de forma rápida e ágil e conseguir aproveitar com agilidade as tendências populares do momento.
Planejar o orçamento de marketing para o longo prazo
Enquanto distribuidoras de jogos dos EUA e do Japão investem mais em design e desenvolvimento, as empresas da China priorizam o marketing e a aquisição de usuários. Por isso, eles utilizam modelos de negócios com base em dados, que calculam o tempo necessário para conseguir o retorno sobre o investimento. Depois, usam esses cálculos para determinar os orçamentos de marketing dos lançamentos futuros. Para competir na China, editores internacionais precisam planejar o orçamento de marketing de longo prazo e trabalhar com consciência para interagir continuamente com usuários e agregar mais valor.
Integrar redes sociais e influenciadores
A integração de elementos sociais aos jogos ajuda a aumentar o engajamento dos jogadores e melhora as estatísticas de retenção no longo prazo. Quando jogadores assistem a pessoas que eles conhecem promovendo os games que adoram, a probabilidade de eles continuarem jogando aumenta. Se você quiser entrar no mercado chinês, aproveite os apps de vídeos curtos e as plataformas de transmissão ao vivo, como o Douyin (como o TikTok é conhecido na China) para promover seus jogos. Sempre que possível, faça parcerias com formadores de opinião importantes para atrair bastante atenção antes do lançamento.
Encontrar um parceiro local
A Google Play Store não está disponível na China, ou seja, os desenvolvedores precisam trabalhar diretamente com OEMs, muitos dos quais já têm as próprias app stores. Se você está entrando nesse mercado, esta pode ser uma situação difícil de lidar. A maneira mais fácil de fazer isso é encontrar um parceiro conhecido que tenha relações com OEMs com quem você quer trabalhar e possa fazer acordos com cada um deles. Como um adicional, os parceiros certos podem ajudar os estúdios a desbravar os processos de licenciamento necessários para publicar jogos na China.
Dez anos atrás, ninguém teria previsto que os jogos para dispositivos móveis se tornariam tão populares e empolgantes. Olhando para o futuro, acredito que o mesmo acontecerá com os jogos em nuvem daqui a uma década: a era do download de jogos chegará ao fim. Para jogar com amigos, os gamers vão precisar apenas de um clique, e a acessibilidade dos jogos e experiência serão melhores do que nunca. Mais importante: creio que, com a evolução da tecnologia e do entretenimento, a China continuará sendo um centro vibrante de inovação para jogos, como já vem acontecendo há anos, criando oportunidades para desenvolvedores de jogos e gamers no mundo todo.
1 https://newzoo.com/insights/rankings/top-10-countries-by-game-revenues/
Tempo de exibição global de conteúdo de jogos em 2020 em horas
Visualizações
As comunidades estão ficando mais interconectadas fora dos jogos com a criação e o consumo de conteúdo relacionado. No YouTube, o conteúdo de jogos vem crescendo a cada ano. No mundo todo, o tempo de exibição de vídeos relacionados a jogos ultrapassou 100 bilhões de horas, com mais de 40 milhões de canais ativos sobre jogos no YouTube entre outubro de 2019 e setembro de 2020.5
O YouTube Gaming passou a ser o centro de tudo relacionado a jogos, desde eventos que se tornaram digitais e transmissões ao vivo até uma biblioteca cada vez maior de conteúdo de vídeo sob demanda (VOD, na sigla em inglês).6 Veja abaixo alguns dos vídeos mais assistidos no mundo em 2020:
Art. de opinião
Quando eu era criança, a última coisa que eu queria era ficar assistindo a alguém jogando. Minha vontade era de participar. Por isso, a ideia de só assistir a algo que eu poderia fazer era tão estranha. Quando me tornei comentarista da Major League Gaming em 2008, caiu a ficha para mim. Rapidamente percebi que os eSports e as transmissões ao vivo não só estavam se tornando populares, mas que também chegariam com tudo no setor de jogos.
Art. de opinião
Quando eu era criança, a última coisa que eu queria era ficar de espectador, vendo alguém jogando. Minha vontade era de participar. Por isso, a ideia de só assistir a algo que eu poderia fazer era tão estranha. Anos depois, meu gosto por esportes fez com que eu me tornasse muito competitivo em várias áreas. E foi aí que descobri o mundo dos videogames. Percebi que estava me apaixonando por eSports em 2002, enquanto jogava partidas de Counter-Strike em uma liga, o que acabou fazendo com que eu me tornasse um criador de conteúdo, transmitindo conteúdo na Justin.TV e publicando meus vídeos sobre jogos no YouTube. Aprendi logo que eu não estava só quando encontrei outras pessoas que compartilhavam dessa mesma paixão. Minha ficha caiu quando me tornei comentarista de eSports da Major League Gaming em 2008. Percebi ali que assistir a alguém jogando videogame não só estava se tornando popular, mas que essa tendência também chegaria com tudo no setor de jogos. Não era uma questão de "se", mas de "quando".
Quando entrei para o YouTube mais de seis anos atrás, como líder global do departamento de Jogos, o setor de vídeos sobre jogos ainda estava dando os primeiros passos. Naquela época, ainda não tínhamos um destino para essa área na página inicial, sendo ainda uma subcategoria em "Mídia e entretenimento". Hoje em dia, o YouTube é o melhor lugar para quem quer assistir e criar conteúdo sobre jogos. Temos páginas e mais páginas sobre os videogames mais populares, cheias de conteúdo dos nossos criadores de games, fazendo dos jogos uma das categorias mais acessadas do YouTube. Pessoas do mundo todo acessam o YouTube para conhecer melhor os criadores de games, assistir a conteúdos de videogames ao vivo, aprender como jogar títulos novos ou dominar os jogos que adoram. Mais de 200 milhões de pessoas acessam diariamente o YouTube para assistir a vídeos sobre jogos, o que faz da marca uma das maiores plataformas desse tipo no mundo.
"Percebi ali que assistir a alguém jogando videogame não só estava se tornando popular, mas que essa tendência também chegaria com tudo no setor de jogos. Não era uma questão de 'se', mas de 'quando'."
Em 2020, pessoas do mundo todo assistiram a mais de 100 bilhões de horas de conteúdo relacionado a jogos no YouTube, e havia mais de 40 milhões de canais ativos sobre jogos. O ano foi incrível para as transmissões ao vivo no YouTube: o tempo de exibição de jogos cresceu e superou as 10 bilhões de horas. Criadores como LazarBeam, Lyna, MortaL, CouRage, TheDonato, Felipe Neto e Typical Gamer estão fazendo transmissões exclusivamente no YouTube, e a Valkyrae se tornou uma das maiores transmissoras de vídeos ao vivo em todas as plataformas desde que começou a usar exclusivamente o YouTube.
Conteúdos em transmissões ao vivo continuarão sendo importantes, mas, hoje em dia, o tempo de exibição ao vivo representa uma pequena parte do todo quando olhamos para o consumo de vídeos sobre jogos em todas as plataformas. Nesse sentido, acredito que os jogos serão algo multidimensional não apenas no contexto de games e plataformas, mas para formas de conteúdo também. O conteúdo de vídeo sob demanda (VOD, na sigla em inglês) permite o crescimento dos vídeos editados, e as transmissões ao vivo são ótimas para contar histórias em tempo real, mas também estamos prestando atenção a conteúdos originais e curtos veiculados como Shorts e clipes, focados em momentos divertidos ou importantes. Também está crescendo o número de pessoas que jogam games em dispositivos móveis e que usam o smartphone ou tablet para assistir a vídeos no YouTube. Tudo isso faz do YouTube Gaming um ecossistema dinâmico, que engaja mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. No entanto, é preciso um volume imenso de conteúdo para que os fãs continuem voltando e buscando mais.
"Hoje em dia, o tempo de exibição ao vivo representa uma pequena parte do todo quando olhamos para o consumo de vídeos sobre jogos em todas as plataformas."
Uma das abordagens de desenvolvedores e editores tem sido oferecer ambientes de sandbox e transformar jogadores em criadores, o que aumenta a vida útil dos jogos e cria novos fluxos de receita. Um exemplo disso é o sandbox do Minecraft, que oferece oportunidades infinitas de criação e faz dele um dos maiores jogos no YouTube desde o lançamento. Ao adicionar conteúdo novo e original em jogos antigos, criadores importantes, como a Dream, descobriram maneiras de capturar e engajar públicos-alvo globais uma década depois do lançamento do jogo.
Uma certeza é que os jogos de sucesso de longo prazo e com fãs leais no YouTube permitem que os jogadores criem narrativas próprias. Hoje, os jogos deixaram de ser somente conteúdo. Eles se tornaram pontos de partida para uma biblioteca cada vez maior de materiais gerados pelos usuários, seja na forma de personagens, mapas e modos atualizados ou outras extensões digitais. Sempre que aparece algo novo no mundo dos jogos, também surge mais conteúdo. Trata-se de um ciclo virtuoso que cresce exponencialmente.
Existe uma relação simbiótica maravilhosa entre jogos, hardware para jogos, pessoas assistindo a outras jogando videogames e os próprios criadores de conteúdo. Quem assiste a alguém jogando inspira outras pessoas a jogar também, e isso aumenta o valor gasto nos games. As relações entre esses grupos diferentes de pessoas continuam sendo complementares, e acredito que isso possibilitou o crescimento incrível do setor.
"Os jogos de sucesso de longo prazo e com fãs leais no YouTube permitem que os jogadores criem narrativas próprias."
Essa tendência continuará aumentando porque o número de pessoas jogando videogames ou assistindo a outras jogarem também está em crescimento. Com a popularidade cada vez maior dos jogos para dispositivos móveis, vemos também que, dos principais games assistidos no YouTube em 2020, quatro estavam disponíveis em dispositivos móveis1. Nos próximos cinco anos, a linha que separa quem joga de quem assiste continuará se dissipando devido às parcerias com jogos e à expansão das plataformas. Por exemplo, enquanto assiste a uma transmissão ao vivo no YouTube, você poderá clicar em um botão e participar daquela experiência ou, então, receber um item digital, que poderá ser usado na próxima vez que entrar no jogo após assistir ao vídeo. Quando espectadores, criadores e jogadores têm a chance de influenciar uns aos outros, abre-se a porta para experiências com jogos que ainda nem mesmo imaginamos. Com o aprimoramento contínuo dos dispositivos móveis e da infraestrutura, as pessoas ao redor do mundo sem acesso a PCs, consoles ou plataformas na nuvem poderão participar disso também. Essas tendências não mostram sinais de enfraquecimento, o que significa que a tecnologia móvel vai manter um crescimento massivo.
Acredito muito que os vídeos sobre jogos continuarão engajando espectadores e jogadores assim como acontece com o público-alvo no mundo dos esportes, isto é, atletas e torcedores participando ativamente de tudo. A diferença será que, no mundo dos jogos, os editores, criadores de conteúdo e espectadores influenciarão uns aos outros de maneiras impraticáveis nos esportes tradicionais. Não há dúvidas de que o ecossistema de games evoluiu desde os tempos da Major League Gaming. No passado, o estereótipo do gamer era uma pessoa sozinha no próprio quarto jogando videogames. Esse clichê deixou de fazer sentido com as bilhões de pessoas, no mundo todo, que agora, além de jogar, também assistem a vídeos sobre jogos como categoria principal de consumo de conteúdo. Hoje, vemos públicos-alvo mais abrangentes e diversificados se conectando e aproveitando ativamente as realidades alternativas variadas e emocionantes. Os gamers buscam um tipo de experiência diferente, algo personalizável e que desperte curiosidade. No YouTube, garantimos sempre que essas pessoas encontrem exatamente o que procuram.
Insights globais
Como os desenvolvedores lidam com as constantes mudanças nas preferências de jogos e conteúdo relacionado? Na fase de concepção, considere os gêneros em alta para desenvolver seu próximo título. Estes são os principais gêneros em que os gamers do mundo todo estão interessados:7
Perspectiva do parceiro
Uma estratégia pensada, focada e responsável é essencial para lançar um jogo em nível mundial. Ethan Wang, vice-presidente da NetEase, revela o processo por trás de um lançamento global, usando estudos de casos reais como referência. Do desenvolvimento do produto à segmentação do mercado, descubra o que é preciso para criar um jogo reconhecido internacionalmente em "Navigating Global Launches".
O que mantém os jogadores engajados?
Retenção
A retenção tem a ver com manter os gamers engajados e satisfeitos. Os principais jogos têm uma taxa de retenção de sete dias 45% maior do que a média do setor. Isso significa que eles retêm a comunidade porque entendem as diferentes preferências. Veja abaixo algumas das principais mudanças globais no engajamento com jogos:1,2
Artigo de opinião
Na última década, o mercado APAC (Ásia-Pacífico) se tornou uma potência em jogos, influenciando os desenvolvedores de todos os outros grandes mercados. Graças à ampla adoção de smartphones e banda larga a preços acessíveis, além de uma crescente população, o público e a comunidade de desenvolvedores de jogos conectados na região estão aumentando cada vez mais...
Artigo de opinião
Na última década, o mercado APAC (Ásia-Pacífico) se tornou uma potência em jogos, influenciando os desenvolvedores de todos os outros grandes mercados. Graças à ampla adoção de smartphones e banda larga a preços acessíveis, além de uma crescente população, o público e a comunidade de desenvolvedores de jogos conectados na região estão aumentando cada vez mais. O forte crescimento do PIB também significa que as pessoas têm mais tempo de lazer e maior renda disponível para gastar com entretenimento. Como resultado, o público da Ásia está mudando rapidamente e começou a buscar experiências de jogos de alta qualidade, o que estimula a inovação contínua.
Então, o que essas tendências convergentes significam? Muitas vezes, as pessoas me perguntam como os desenvolvedores de jogos podem se manter à frente e alcançar o sucesso no mercado APAC. Minha resposta é: esse ambiente em constante evolução significa que há mais caminhos para o sucesso na APAC do que nunca. Embora não exista uma abordagem única para todo mundo, estes são alguns insights importantes para ter em mente:
A APAC não é um mercado monolítico e precisa ser explorado em detalhes
É o maior mercado de jogos do mundo. Seus jogadores e ecossistema de jogos sofisticados seguem elevando o padrão de inovação e a qualidade dos produtos. No entanto, é importante lembrar que, embora esse mercado seja frequentemente tratado como uma única região, o público varia muito de um país ao outro.
Em mercados maduros, como o Japão e a Coreia, por exemplo, os jogadores tendem a preferir gêneros hardcore, como RPG ou simulação, devido ao longo histórico de uso de PCs e consoles. Eles têm mais dinheiro para gastar, e as expectativas em relação aos jogos e aos novos recursos são altas. Já os mercados de jogos emergentes, como o Sudeste Asiático e a Índia, continuam crescendo muito à medida que um número maior de consumidores começa a acessar a Internet em smartphones. A Austrália e a Nova Zelândia também apresentam grande crescimento, já que os estúdios de jogos e o conhecimento sobre aquisição de usuários seguem amadurecendo. Nesses mercados, os principais gêneros tendem a ser jogos casuais e hipercasuais. Os jogadores não estão dispostos a gastar tanto dinheiro quanto nos mercados maduros. Sendo assim, os estúdios tendem a ganhar dinheiro com alternativas às compras no app (IAP), como a publicidade no aplicativo. Na China, temos uma mistura: fãs de jogos hardcore dispostos a pagar mais nas grandes cidades e jogadores casuais que se importam com o preço em áreas suburbanas.
Os desenvolvedores precisam se esforçar para entender os públicos-alvo e o que eles procuram. Se quiserem ter sucesso, os estúdios têm que compreender a fundo o público-alvo segmentado antes de tentar conquistá-lo e usar de inovação para capturar a atenção. Para se dar bem, eles devem dominar a localização, o design e a mecânica dos jogos, além dos métodos de transação e modelos de receita que cada público-alvo prefere. Uma tendência recente que notei como um excelente exemplo de inovação para um novo público-alvo é a mistura de gêneros: isso acontece quando um jogo combina uma nova jogabilidade com métodos tradicionais para melhorar a retenção e atrair novos jogadores (por exemplo, um jogo de quebra-cabeça com um estilo de arte anime).
As estratégias de monetização precisam considerar o país além da região
Dez anos atrás, os jogos eram vendidos quase exclusivamente como se fossem bens físicos. Hoje, essa forma de receita representa aproximadamente 5% do total. Os desenvolvedores têm que combinar várias maneiras de ganhar dinheiro, com um portfólio de jogos diversificados e diferentes modelos de receita em cada um deles, ou misturando diferentes fluxos em um único jogo de acordo com o comportamento do jogador.
Os desenvolvedores de jogos devem combinar o maior número de fluxos de receita possível e continuar seguindo essa estratégia enquanto ela for eficaz. Seja com um portfólio variado de jogos e diferentes tipos de monetização em cada um deles ou vários fluxos em um único jogo. Quanto mais diversificado for o desenvolvedor, maior será a probabilidade de sucesso em maximizar o valor da vida útil (LTV) dos usuários. Por exemplo, vamos supor que eu seja o CEO de um estúdio japonês que está lançando um jogo somente com IAP na Índia ou no Vietnã. Nesse caso, eu posso deixar de ganhar dinheiro, já que a porcentagem de jogadores que pagam é muito baixa nos mercados emergentes em comparação com os mercados maduros. É necessário conhecer os mercados e os usuários, e adotar uma abordagem de monetização híbrida combinando publicidade e compras no app. Assim, posso captar o maior valor possível de jogadores não pagantes (no Vietnã e na Índia, eles estão em maior proporção do que no Japão ou na Coreia) e de compradores potenciais (com IAP).
Lembre-se: a receita pode ser o destino final, mas o engajamento é o caminho. À medida que os jogadores se engajam mais emocional e socialmente com um título, eles ficam naturalmente mais dispostos a gastar (ou a se envolver com ativações de marca) no futuro. Fazer experiências para descobrir como seu conteúdo pode levar alegria à comunidade é a chave para o sucesso sustentável.
O crescimento no número de jogadoras do sexo feminino continua superando o dos homens
Em 2019, a China tinha uma das maiores populações de jogadoras do mundo: 45% dos jogadores na China são mulheres, e esse segmento continua crescendo a uma taxa de aproximadamente 14,8% ao ano, quase o dobro da taxa de crescimento de homens, que é de 7,8%. Pensando nesse insight, também é importante ressaltar que o crescimento não se limita à faixa etária. Na verdade, um segmento específico que eu acho fascinante é a ascensão no número de jogadoras idosas na China (银发 族).
A Coreia, o Japão e o Sudeste Asiático também têm uma grande população de jogadoras, representando 40% do público1. Esse crescimento também é refletido na receita. Em 2019, as jogadoras representaram 35% da receita de jogos para dispositivos móveis. Em 2020, esperamos que esse número aumente para 39%2. A pandemia foi um fator que acelerou essa mudança, e a expectativa é de que o crescimento entre as jogadoras irá continuar.
Colabore com os membros locais da comunidade de jogos
Uma das coisas mais incríveis sobre o ecossistema de jogos na Ásia é o senso de comunidade e o papel que as comunidades desempenham. Quando nosso setor surgiu, os desenvolvedores trabalhavam de forma independente. Hoje, eles se esforçam para ajudar uns aos outros, mesmo havendo concorrência em certas áreas. O impulso para se manter competitivo é visto como um desafio comunitário e está no centro da inovação dessa região na última década.
Com tantas oportunidades que aparecem a cada ano, temos incentivado os desenvolvedores a expandir os horizontes. Se você cria jogos casuais, pense em fazer títulos hardcore ou criar híbridos combinando gêneros para atrair diferentes tipos de jogador. Caso você dependa principalmente da receita de publicidade, inclua IAPs. Nem todo setor tem o mesmo senso de comunidade dos desenvolvedores de jogos. Aproveite isso e deixe a inspiração, os testes e a colaboração guiarem você até seu próximo grande sucesso. No Google APAC, nossa missão é apoiar nossos desenvolvedores durante todo o ciclo de vida, seja você um desenvolvedor de jogos independente ou parte de um grande estúdio. Quero seguir com nosso compromisso de manter e desenvolver um ecossistema saudável de jogos e criadores de conteúdo.
1https://services.google.com/fh/files/misc/levelup_asiagamingindustryreport_2020.pdf
2https://services.google.com/fh/files/misc/levelup_asiagamingindustryreport_2020.pdf
Perspectiva do parceiro
Resolver problemas é com ela mesmo. Pensar à frente e colocar as pessoas em primeiro lugar também. A Niantic está aprimorando a experiência dos jogadores no mundo todo. Greg Borrud, vice-presidente da área de jogos, fala do processo criativo por trás do sucesso da empresa e revela os mecanismos usados para criar mundos que cativam, envolvem e unem jogadores. O vídeo "Evolve the Player Experience" responde, no presente, perguntas sobre o futuro.
Horas de exibição de streaming de jogos ao vivo no YouTube em 2020
Art. de opinião
A pandemia global teve um impacto enorme sobre o setor de jogos, o que repercutiu em nós. Mais do que nunca, jogar se tornou uma maneira de as pessoas em todo o mundo se conectarem e fazerem parte de uma comunidade em tempos de distanciamento social...
Art. de opinião
A pandemia global teve um impacto enorme sobre o setor de jogos. Mais do que nunca, jogar se tornou uma maneira de as pessoas em todo o mundo se conectarem e fazerem parte de uma comunidade em tempos de distanciamento social. Durante o ano passado, vimos como ficar em casa fez com que cada vez mais pessoas passassem a buscar jogos. Os tipos de jogo escolhidos também mudaram bastante. O número de downloads de jogos para dispositivos móveis aumentou 75% entre o primeiro trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020, e o tempo de exibição das transmissões ao vivo cresceu 45%. De acordo com a GameAnalytics, o tempo de jogo atingiu o pico de mais de 90 milhões de horas nos últimos dez dias de março, um aumento de 62% em comparação com o mesmo período de janeiro.
Este "novo normal" é, por natureza, uma experiência integrada. Devido às novas limitações à interação presencial, o relacionamento dos jogadores com os jogos se transformou. As pessoas estão jogando mais durante o dia, mas por períodos menores. Elas jogam por motivos diferentes, geralmente para ficar em contato com amigos e familiares distantes. Os novos públicos-alvo que foram ignorados ou minimizados pelos desenvolvedores no passado agora estão demandando mais espaço à medida que jogar se torna uma parte fundamental das experiências de conexão social.
Os jogos estão se integrando cada vez ao nosso dia a dia
Com isso, é maior o número de pessoas que passaram a jogar de uma maneira não linear. Isso é ainda mais forte para pais que precisam trabalhar e cuidar das crianças que estão em casa, sem ir à escola. Em vez de sequências de seis horas, eles jogam por seis minutos entre as refeições ou enquanto descansam um pouco. As plataformas baseadas na nuvem, como o Stadia, criam as condições para isso, permitindo que os jogadores pausem um jogo e continuem de onde pararam ou comecem a jogar em um dispositivo e terminem em outro.
Com esses períodos menores, as pessoas realizam diferentes tipos de atividade enquanto jogam. Em vez de avançarem na história do jogo, por exemplo, elas podem customizar um personagem ou interagir com alguém do clã delas.
Para acomodar essa mudança de comportamento, os desenvolvedores de jogos precisam criar experiências mais livres e flexíveis. Uma possibilidade, por exemplo, seria criar versões de demonstração mais curtas ou ciclos breves para serem concluídos mais rapidamente em um jogo mais longo. Outra ideia é permitir que os jogadores entram e saiam do jogo com facilidade, projetando experiências semelhantes às oferecidas pelas plataformas em nuvem.
Os jogos possibilitam que as pessoas se conectem e cultivem essa relação
Ficou claro, durante a pandemia, que as pessoas estão usando os jogos para manter o contato com familiares e amigos que não podem encontrar pessoalmente. Com o tempo, essa possibilidade de jogar juntos, ainda que à distância, vai se tornar cada vez mais importante. As plataformas de jogos criaram a capacidade de interação com grupos muito maiores de uma só vez, possibilitando a formação de novas comunidades e a evolução de novos tipos de jogabilidade.
Com um público-alvo maior e um tempo de jogo mais distribuído ao longo do dia, aumentou também a competição pela atenção dos jogadores. Os estúdios agora não competem apenas com outros jogos. A disputa é por tudo o que as pessoas estão fazendo no tempo livre, como assistir a algo na Netflix ou andar de bicicleta.
Os desenvolvedores precisam voltar a atenção ao que está motivando este novo tipo de gamer: por que estão jogando e o que esperam conseguir com isso. Eles têm que recompensar quem joga com mais frequência e personalização para manter o engajamento e investir mais no desenvolvimento de comunidades que cresçam com o tempo.
Os jogos não podem ignorar a inclusão na hora de buscar novos públicos-alvo
Todos deveriam se divertir com jogos, mas ainda existe um público-alvo enorme de gamers em potencial que nem sempre é segmentado, como pessoas de mais idade ou de renda menor, que não podem gastar milhares de reais em um PC gamer. Por exemplo, existem entre 300 e 400 milhões de pessoas no mundo que sofrem de uma ou mais condições físicas, seja de visão, audição, motora ou cognitiva. Até recentemente, o setor de jogos não dava muita ênfase aos gamers com deficiência. Mas, agora, empresas como a Microsoft e a Unreal começaram a se concentrar em experiências acessíveis, como a conversão de texto em voz. É essencial que o setor se volte diretamente a esse mercado, levando acessibilidade aos jogos e transformando-os em uma experiência inclusiva para todas as pessoas.
Os jogos são o centro da alegria democrática
Se usarmos jogos para oferecer experiências diversificadas e estimuladoras às pessoas, vamos conseguir o que colegas no Google chamam de "democratização da alegria". No fundo, estamos buscando um mundo onde qualquer pessoa possa jogar praticamente o que quiser, em qualquer dispositivo, pelo tempo que quiser. Conexão, personalização e acessibilidade serão essenciais para o progresso no mundo dos jogos digitais.
O que os jogadores compram?
Estratégias que colocam o jogador em primeiro lugar
Grandes desenvolvedores têm uma retenção muito maior do que a média do setor, o que sugere que eles criam jogos que as pessoas adoram. As melhores experiências de monetização acontecem quando você oferece aos seus usuários algo de valor de acordo com as preferências deles. Essas escolhas e comportamentos continuaram evoluindo durante o ano passado.1
Número de jogadores casuais que gastaram mais dinheiro em jogos durante a pandemia da COVID-19
Jogadores que fizeram compras no jogo
Pessoas que compraram um jogo novo
Conteúdo pago
Em uma pesquisa realizada pelo Google, constatamos que os gamers estão mais dispostos a pagar por conteúdo relacionado a jogos nesse momento de distanciamento social. Esses gastos estão aumentando em áreas que incentivam uma maior interação com o jogo, como:
- compra de moedas para transações no jogo;
- desbloqueio de itens especiais/colecionáveis/raros para os personagens;
- personalização da aparência de um personagem.2
Perspectiva do parceiro
Será que conseguimos equilibrar diversão e lucro? A Rovio fez as contas e está provando que isso é possível. Alexandre Pelletier-Normand, CEO da Rovio, fala sobre como a monetização criativa melhora os jogos. Veja como os desenvolvedores do Angry Birds estão transformando as operações globais para continuar sempre inovando com diversão e lucro.
Art. de opinião
Os desenvolvedores de jogos free-to-play geralmente têm dificuldade para gerar receita com os títulos. Eles deveriam usar anúncios intersticiais ou de banner? Oferecer moeda do jogo como recompensa para quem assistir a anúncios em vídeo? Promover compras no app? Desenvolver um modelo de assinatura em níveis? Se você me perguntar, vou responder "sim" para todas as perguntas...
Art. de opinião
Os desenvolvedores de jogos free-to-play geralmente têm dificuldade para gerar receita com os títulos. Eles deveriam usar anúncios intersticiais ou de banner? Oferecer moeda do jogo como recompensa para quem assistir a anúncios em vídeo? Promover compras no app? Desenvolver um modelo de assinatura em níveis?
Se você me perguntar, vou responder "sim" para todas as perguntas.
Quando você depende de um único fluxo de receita, quase sempre deixa de ganhar dinheiro. A Rockbite Games, uma empresa de desenvolvimento de jogos sediada na Armênia, por exemplo, usa compras e anúncios no app. Ao oferecer duas opções de ganhar moeda do jogo e personalizar, de forma dinâmica, a loja digital usando a Configuração remota do Firebase, a Rockbite conseguiu aumentar ainda mais a receita.
Desenvolvedores que quiserem maximizar os ganhos e expandir o estúdio precisam implementar uma estratégia de monetização híbrida. No entanto, para não alienar o público-alvo da empresa, é preciso adaptar os modelos de receita às preferências pessoais de cada jogador, assim como fazem para criar conteúdo dinâmico para os jogos. A chave dessa estratégia é a aplicação inteligente de análises, que requerem algumas etapas cruciais.
Adotar uma estratégia que coloca o jogador em primeiro lugar
Assim como você usa dados para guiar os desdobramentos de um jogo, faça o mesmo ao definir a melhor estratégia de monetização para cada jogador. Ferramentas como o Firebase e o Google Analytics oferecem insights valiosos sobre o comportamento dos jogadores e podem ajudar você a identificar quais deles vão gastar dinheiro no jogo ou não. Ao segmentar usuários, você pode descobrir oportunidades de personalizar a experiência de anúncio para os jogadores, otimizando sua estratégia de monetização.
Por isso, o primeiro passo é entender e segmentar todos os seus jogadores. Quais gastam valores altos? Quais não têm a mínima probabilidade de fazer uma compra no jogo? Jogadores que não querem gastar dinheiro no jogo podem responder bem a anúncios premiados, enquanto pessoas que compram itens no jogo podem achar que esses anúncios são uma distração.
O importante é mostrar aos jogadores ofertas personalizadas de acordo com as preferências e o comportamento deles. A PeopleFun, desenvolvedora de jogos casuais populares, como o Wordscapes, queria usar anúncios premiados sem prejudicar a receita das compras no app. A empresa usou o recurso Firebase Previsões e conseguiu identificar jogadores menos propensos a fazer compras no app, passando a exibir anúncios premiados somente a eles. Resultado: um aumento significativo no valor da vida útil de todos os jogadores do Wordscapes.
Usar dados para tomar decisões
É importante lembrar que, só porque um jogo é gratuito, não significa que as pessoas que fizerem o download dele não estarão dispostas a gastar dinheiro. De modo similar, se um tipo de formato de anúncio não agrada um usuário (ou você, pessoalmente, não gosta dele), não significa que ele vai desagradar outras pessoas. Suposições, vieses e modelos que funcionam no jogo de alguém não são indicadores viáveis sobre como seus jogadores vão responder a algo. No fim das contas, estratégias de monetização de sucesso são elaboradas com base na experimentação.
Primeiro, segmente os jogadores com base no comportamento de compra, intenção, duração da sessão e outros fatores. Depois, teste variáveis diferentes para determinar quais tipos de oferta funcionam melhor em cada segmento. A Pomelo Games, por exemplo, usou a Configuração remota do Firebase e o Teste A/B no jogo gratuito Once Upon a Tower para medir o efeito dos anúncios intersticiais sobre a receita e a retenção. Após duas semanas de testes, a Pomelo descobriu que os intersticiais aumentaram as receitas de publicidade e no jogo em 25% a 35%, sem impactos nítidos na retenção.
Monetização como um elemento central
Os modelos de monetização híbrida maximizam a receita sem sacrificar a gratuidade que os fãs de jogos free-to-play tanto adoram.
Mas a monetização não é um recurso que simplesmente pode ser encaixado quando um jogo já está quase pronto. Alguns estúdios cometem o erro de dividir a produção em duas fases: primeiro, a jogabilidade é desenvolvida; depois, a atenção se volta à geração de receita. Isso não está certo. Sua estratégia de monetização precisa ocupar uma posição central no processo de desenvolvimento e se manter flexível o suficiente para ser otimizada depois com base em testes.
Fazer experimentos em um jogo que já foi lançado e tem jogadores reais pode parecer assustador, mas ferramentas como o Firebase e o Google Analytics ajudam você a criar exemplos com facilidade e ter insights sobre eles sem atrapalhar a experiência de jogo ou publicar versões novas de cada título. Com isso, você notará um aumento nos ganhos, e os jogadores altamente engajados vão desfrutar de uma experiência aprimorada.
Preferências
O método de consumo muda a experiência dos gamers, e as tendências mostram que as pessoas estão buscando novas maneiras de se divertir.
Artigo de opinião
Os jogos mudaram muito desde que comecei a criá-los em 1999. A indústria passou de um hobby de nicho para uma gigante global que é maior do que os setores de música, filmes e livros juntos. E não há nenhum sinal de desaceleração. Ao mesmo tempo, o design também evoluiu.
Artigo de opinião
Os jogos mudaram muito desde que comecei a criá-los em 1999. A indústria passou de um hobby de nicho para uma gigante global que é maior do que os setores de música, filmes e livros juntos. E não há nenhum sinal de desaceleração. Ao mesmo tempo, o design também evoluiu. O número de designers cresceu exponencialmente e se expandiu para tantos nichos que raramente vemos um cargo chamado simplesmente de "designer de jogos". As pessoas que criam jogos gratuitos para dispositivos móveis têm pouco em comum com quem trabalha em consoles de última geração ou títulos para PC. E os designers desses títulos se tornaram hiperespecializados por subgênero.
Quando a pandemia chegou, as mudanças que já estavam acontecendo se aceleraram ainda mais. A necessidade de isolamento mudou o modo e o local onde os designers trabalham. O downloads de jogos baseados na nuvem aumentaram. Os tipos de jogos mais procurados mudaram quase da noite para o dia, assim como os motivos para as pessoas jogá-los.
Hoje, os designers que almejam o sucesso na indústria precisam acompanhar essas macrotendências de perto. No entanto, algumas coisas não mudaram: a necessidade de contar uma história interessante e construir uma comunidade em torno dela. Se conseguir atender a esses requisitos de maneira consistente e bem feita, você terá sucesso.
Inovação sob pressão
Por causa da pandemia, vimos mudanças enormes no setor nos últimos 12 meses. No entanto, nem todas foram negativas. A pandemia também gerou grande inovação no mundo dos jogos. Por exemplo, a necessidade de trabalhar remotamente levou a um aumento no número de equipes distribuídas geograficamente. Escritores, artistas, desenvolvedores e designers não precisam mais estar no mesmo lugar nem na mesma cidade para trabalhar em um jogo. Isso se aplica principalmente aos jogos baseados na nuvem, em que as pessoas já colaboram on-line.
Quando o desenvolvimento de jogos é mais distribuído geograficamente, o custo da produção diminui. As pessoas não precisam mais morar em regiões com alto custo de vida para fazer parte de uma equipe, então as despesas gerais são menores. Os estúdios podem investir mais em cultivar e apoiar novos talentos. Por fim, é possível ter pessoas de origens mais diversificadas nas equipes, o que quase sempre potencializa a criatividade e a inovação no design de jogos.
A capacidade de trabalhar remotamente e desenvolver jogos para plataformas na nuvem, como o Stadia, permitirá que os estúdios menores concorram com os grandes quase de igual para igual. Isso beneficiará a todos.
Um tipo diferente de jogo
Hoje em dia, o universo dos jogos se expandiu para incluir quem antes não se considerava "gamer". Esse público pode ser mais velho do que o jogador típico ou ter origens culturais diferentes. E mais pessoas do que nunca estão jogando jogos casuais e para dispositivos móveis.
Elas também jogam por diferentes motivos. Não se trata mais de competição, e sim de conexão. Em uma época em que as pessoas estão longe umas das outras, as experiências de jogos compartilhadas estão ajudando a atender à necessidade de comunidade. Os jogos baseados na nuvem com capacidade para um grande número de jogadores ao mesmo tempo levam vantagem.
Também vimos um grande crescimento dos jogos não violentos, que promovem o bem-estar e transmitem afeto e otimismo. Esse conceito de "hygge", uma palavra dinamarquesa que significa "aconchego" ou "conforto", é uma tendência que está cada vez mais forte no mundo dos jogos.
A narrativa e a comunidade acima de tudo
Apesar de todas as mudanças, alguns pilares permanecem iguais. Por exemplo, duas grandes influências que tive quando era uma jovem jogadora, e depois como designer, foram o Sid Meier's Pirates e o World of Warcraft. Os dois jogos incorporam verdades universais que ainda se aplicam hoje.
O Pirates mostra como a força da narrativa determina se um jogo é um sucesso ou um fracasso. Se um dia eu criasse um jogo que unisse sistemas mecânicos a uma narrativa dirigida pelo jogador de forma tão elegante quanto o Pirates, me sentiria realizada.
Por outro lado, o World of Warcraft demonstrou o poder e o potencial das conexões on-line. Ele criou uma comunidade tão grande e, ao mesmo tempo, tão interconectada, que influenciou todos os jogos multiplayer modernos que vieram depois dele. Se aprendemos algo nos últimos anos, foi a importância de jogar como um meio de nos conectarmos uns com os outros.
Uma das minhas frases favoritas que foi muito repetida por Grace Hopper é: "Um navio no porto está seguro, mas não é para isso que os navios são feitos". Recentemente, descobri que ela foi tirada de um livro de provérbios de J. A. Shedd, e há uma frase que a precede: “Quando só há pétalas de rosas no caminho, logo ficamos com sono. Os espinhos são necessários para nos acordar". Tenho pensado muito nisso ultimamente.
O fato de precisarmos de espinhos para nos acordar às vezes parece ser uma grande verdade da natureza humana. Não há dúvida de que a pandemia do coronavírus foi uma tragédia cujo alcance levaremos gerações para entender. No entanto, nossa espécie mostra o que tem de melhor e mais inovador diante de desafios como esse. É doloroso procurar o lado bom dessa situação, mas seguimos em frente. Muitas vezes, o que os espinhos revelam é o que temos de mais humano: as maneiras como nos conectamos.
Perspectiva do parceiro
Como as diferenças entre as plataformas estão cada vez menores, os principais nomes do setor de jogos respondem às suas perguntas: como desenvolver jogos para o futuro? Como será o futuro das vendas de jogos? A igualdade entre as plataformas é importante? Acompanhe Kim Dae-Hwon, vice-presidente do setor de Desenvolvimento da Nexon, em uma jornada pelo Multiverso da Multiplataforma.
Artigo de opinião
Com a democratização do acesso à Internet e à medida que os dispositivos se tornaram mais potentes, o tipo de jogador, os dispositivos usados e os estilos de jogos evoluíram rapidamente. Os desenvolvedores agora precisam criar experiências para uma grande variedade de dispositivos, com serviços de back-end que suportam jogabilidade e progressão cruzada em vários dispositivos.
Artigo de opinião
Com a democratização do acesso à Internet e à medida que os dispositivos se tornaram mais potentes, o tipo de jogador, os dispositivos usados e os estilos de jogos evoluíram rapidamente. Os desenvolvedores agora precisam criar experiências para uma grande variedade de dispositivos, com serviços de back-end que suportam jogabilidade e progressão cruzada em vários dispositivos. Antes dessa mudança, os jogos de alta fidelidade, como Call of Duty, exigiam um console dedicado ou um PC de última geração. Agora, eles funcionam bem nos smartphones.
Essa capacidade de jogar títulos em todo o ecossistema de dispositivos tem elevado as expectativas dos jogadores. Eles buscam experiências envolventes e de alta fidelidade em plataformas variadas. Isso facilita a interação com amigos e familiares, mesmo que um jogador do grupo use um PC ou console de última geração e outro esteja no smartphone. Os jogadores querem ter a opção de começar um jogo em um console e levá-lo com eles ao sair de casa, em uma plataforma móvel. Enquanto tudo isso acontece, as compras, as recompensas e a progressão dos usuários ainda precisam ser sincronizadas e disponibilizadas em todas as plataformas.
Esse conceito de poder jogar em vários dispositivos parece democratizar o acesso global aos principais títulos, mas existem alguns inibidores que limitam o alcance de novos públicos-alvo. Em primeiro lugar, as experiências de alta fidelidade exigem dispositivos de última geração com processadores e GPUs potentes e grande capacidade de memória. Nos mercados desenvolvidos, esses dispositivos são acessíveis e estão disponíveis para grande parte dos jogadores. No entanto, eles não são de fácil acesso em muitas partes do mundo, o que limita bastante o alcance do conteúdo de jogos de alta qualidade no âmbito global.
"A capacidade de jogar os títulos em todo o ecossistema de dispositivos aumentou as expectativas dos jogadores."
O streaming de jogos oferece uma solução para o problema, transformando um jogo que exige muito do computador em um fluxo de bits de vídeo que pode ser facilmente consumido por qualquer dispositivo comum. Isso é possível porque toda a potência dos processadores, GPUs e memória são movidos do dispositivo para um data center na nuvem, que entrega o jogo em streaming. Um requisito fundamental para que o streaming funcione é a baixa latência e uma largura de banda consistente entre o dispositivo do consumidor e o data center na nuvem. Isso traz um desafio: muitos lugares do mundo que se beneficiariam dessa democratização do conteúdo de jogos (por exemplo, áreas rurais e mercados emergentes como América do Sul, África e Europa Oriental) estão longe demais dos data centers para que o streaming funcione como esperado.
A solução para levar esses benefícios aos públicos do mundo todo é a edge computing. Ela transfere CPUs e GPUs potentes de grandes data centers centralizados na nuvem para locais descentralizados muito mais próximos dos jogadores de todos os lugares, o que inclui as telecomunicações e os pontos de presença das empresas. A transferência desses recursos de computação potentes para a borda da rede abre as portas do streaming de jogos para vários outros locais.
A edge computing traz uma grande promessa para os jogadores, oferecendo streaming de alta qualidade em todos os tipos de dispositivo. No entanto, essa mudança de um modelo centralizado com dezenas de data centers em nuvem para um modelo descentralizado com milhares de pontos de presença cria novos níveis de complexidade aos desenvolvedores de jogos. Sem um framework centralizado e padronizado para gerenciar os recursos, o desenvolvedor precisa interagir com dezenas de provedores em todo o mundo, cada um com diferentes pilhas de tecnologia.
"A transferência desses recursos de computação potentes para a extremidade da rede realmente leva os benefícios do streaming de jogos a vários outros locais."
A plataforma Anthos do Google foi projetada para resolver esse problema, trazendo um plano de controle centralizado para os recursos de computação executados na nuvem e na extremidade da rede. Isso permite que grandes e pequenos desenvolvedores de jogos enxerguem os benefícios combinados da computação em nuvem e da edge computing sem assumir a enorme sobrecarga operacional de lidar com dezenas de provedores e conjuntos de tecnologia diferentes. Os jogos que hoje são executados de dezenas de locais na nuvem, atendendo principalmente às grandes áreas metropolitanas e aos países desenvolvidos, poderão rodar de centenas ou milhares de locais amanhã e alcançar um público verdadeiramente global. Isso traz uma geração totalmente nova e mais inclusiva de jogadores para o mundo dos jogos e das experiências de interatividade.
A expansão da experiência de jogos de alta fidelidade para um público global é só o começo do potencial que a edge computing tem a oferecer. Pense, por exemplo, nos jogos multiplayer de hoje. Eles são otimizados para latência de rede de 50 a 250 milissegundos entre o jogador e os data centers na nuvem. Isso é suficiente para executar jogos nas telas da sua sala de estar, em um PC para jogos ou um smartphone. No entanto, existem classes totalmente novas de experiências interativas que só são possíveis com uma latência mais baixa, que apenas a edge computing oferece. Essa latência ultrabaixa (algo entre 1 e 20 milissegundos) permitiria novas experiências de realidade aumentada e realidade virtual que simplesmente não são possíveis no mundo de hoje.
"Os jogos que hoje são executados de dezenas de locais na nuvem poderão rodar de centenas ou milhares de locais amanhã."
Imagine que você esteja participando de um evento esportivo em um estádio com a tecnologia 5G. Você aponta o smartphone para o campo, e estatísticas em tempo real são exibidas sobre um vídeo dos jogadores em ação. O rastreamento da bola é renderizado no vídeo ao vivo para ajudar os espectadores com deficiência visual a acompanhar o que acontece. Talvez até mesmo modelos 3D de ex-jogadores históricos possam trocar passes lado a lado com os jogadores reais em campo. Esses casos de uso se tornam possíveis com a introdução da renderização de baixa latência e o streaming de conteúdo 3D da edge computing.
Vamos pensar em um parque temático com 5G: por que esperar até a hora marcada ou atravessar o parque para encontrar seu personagem favorito se ele pode se sentar à mesa com você e sua família na hora do almoço por uma transmissão interativa para seu dispositivo? Os personagens podem reagir e interagir instantaneamente quando o conteúdo é entregue na latência ultrabaixa implantada no parque temático. Depois de serem vividas no parque temático, essas experiências interativas podem ser levadas para casa, expandindo ainda mais o engajamento.
A edge computing e o streaming proporcionam novas oportunidades para criar tipos diferentes de experiências interativas com realidade virtual, realidade aumentada e streaming interativo. Os provedores de nuvem, as empresas de telecomunicações e as operadoras privadas estão ocupadas construindo uma infraestrutura de edge computing que possibilite essas experiências. Enquanto a implantação dessa infraestrutura avança, o Google Cloud for Games trabalha em parceria com empresas e desenvolvedores de jogos para potencializar a criatividade do desenvolvedor com esses novos recursos e oferecer experiências de última geração a jogadores e usuários em todo o mundo.
Art. de opinião
Vender é uma arte. Seja ao promover um jogo para editores, investidores, membros potenciais da sua equipe, jornalistas ou plataformas, como o Stadia, os melhores argumentos de venda têm coisas em comum. Veja o que diferencia um argumento de venda memorável de um argumento comum...
Art. de opinião
Sou diretor de Desenvolvimento Comercial no Stadia. Meu trabalho é identificar os melhores jogos do mundo e trazê-los para nossa plataforma. Durante minha carreira, tive o privilégio de conhecer milhares de desenvolvedores e editores do mundo todo para ter uma prévia dos jogos durante o processo de criação. O que eu gosto no meu trabalho é que, quando eu acho que já vi de tudo, alguém entra no meu escritório (ou na chamada de vídeo, hoje em dia) e me mostra algo que eu nunca havia visto.
Vender é uma arte. Seja ao promover um jogo para editores, investidores, membros potenciais da sua equipe, jornalistas ou plataformas, como o Stadia, os melhores argumentos de venda têm coisas em comum.
Veja o que diferencia um argumento de venda memorável de um argumento comum:
Mostrar paixão
É importante ver desenvolvedores de jogos argumentando vendas com a mesma energia e paixão que eles têm durante a criação dos jogos, além da mesma narrativa e criatividade. Esta é sua oportunidade de dar voz ao seu projeto e ajudar as pessoas a entender por que você não vê a hora de levá-lo ao mundo dos jogadores. Traduzir a mágica é essencial para causar uma boa impressão.
Veja um exemplo: quando a id Software estava nos mostrando o DOOM Eternal pela primeira vez, fiquei pensando se era possível superar a obra-prima anterior de 2016, que reinventou uma das franquias de jogos mais amadas do mundo e se tornou um dos meus jogos favoritos de todos os tempos. Eles poderiam ter ficado satisfeitos e reforçado o sucesso que já tiveram, mas a equipe apresentou a ideia do jogo de uma maneira tão nítida e poderosa que a empolgação na sala era palpável. Eles realmente conseguiram transmitir a todos o entusiasmo por aquilo que estavam criando, como se fosse a primeira vez que faziam isso. É isso o que uma verdadeira narrativa consegue fazer.
Diga por que seu jogo é único
Por que ele precisa existir? O que só ele, e nenhum outro jogo, oferece? Quero uma descrição direta e de alto nível sobre o propósito do seu jogo e o público-alvo dele. Defina essas coisas e, depois, explique por que sua equipe é perfeita para dar vida a este conceito. Investir em um jogo é, na verdade, investir em quem está por trás dele, só que isso é algo que muitos desenvolvedores não incluem nos argumentos de venda. Isso é ainda mais importante se você já tem experiência em criar jogos. Faça as pessoas acreditarem na sua equipe. Com isso, vai ser mais fácil você conseguir financiamento, marketing ou ajuda com recursos.
Faça uma demonstração, não fique apenas nas palavras
Nada substitui uma experiência prática. Minha recomendação é: leve algo para jogar ou demonstrar durante o argumento de venda. Dessa maneira, tudo fica mais tangível e você consegue provar que está no caminho certo. Se for um vídeo, você pode enviar antes para que possamos assisti-lo e chegar na reunião com uma boa impressão em mente. Isso ajuda especialmente agora, com todas as pessoas trabalhando de casa, sem conseguir experimentar seu jogo pessoalmente. Para evitar possíveis dificuldades técnicas e manter o andamento ideal da reunião, já assisti a demonstrações com comentários gravados. Com isso, a gravação continua mantendo o público-alvo engajado enquanto o vídeo é reproduzido.
Personalize o argumento de venda para seu público-alvo
A base do seu argumento não mudará muito de uma reunião para outra, mas procure personalizar algumas coisas de acordo com quem estiver na reunião. Se o público-alvo sou eu, não quero saber apenas se o jogo oferece uma ótima experiência. Quero saber por que a experiência de jogabilidade com ele é excelente na nossa plataforma. Se você está criando algo que utiliza os recursos exclusivos do Stadia, como Jogo em grupo, Escolha do público, Compartilhar status no jogo ou Stream Connect, isso precisa ser o destaque principal do seu argumento de venda. Quando vemos desenvolvedores de jogos usando esses Recursos otimizados para o Stadia (ou SEFs) de maneiras novas, isso quase sempre chama nossa atenção porque eles podem ajudar o jogo e os criadores de conteúdo do YouTube a engajar com os públicos-alvo de uma maneira inédita, além de destacar naturalmente os fatores que transformam os jogos no Stadia em uma experiência única.
Se você está fazendo um argumento de venda para um editor ou um diretor de projeto, dê mais detalhes sobre a jogabilidade e a criação dos personagens, o mecanismo que está usando ou os dispositivos de usuários finais que está visando. Se você busca investimento, fale sobre onde está no processo de desenvolvimento. Para conseguir ajuda de marketing ou ter cobertura na mídia, fale sobre o público-alvo. Quem serão os jogadores? Você está segmentando uma comunidade gamer específica? Qual é sua estratégia para atrair criadores de conteúdo?
Demonstre clareza no que você quer
Deixar uma boa impressão é uma coisa, iniciar uma conversa é outra. Mesmo com todos os detalhes envolvidos na criação de um argumento de venda memorável, há algumas mensagens que não saem tão boas quanto o planejado: o que você está procurando? O que você espera da reunião? Pode ser investimento, suporte para a plataforma, cobertura ou alguma outra coisa. Se a primeira etapa é conseguir uma reação positiva ao seu argumento de venda, então qual é a segunda? Pense no argumento em dois níveis, um menor (o que acontece na sala) e um maior (o que acontece depois). Os melhores argumentos de venda falam diretamente comigo e com as outras pessoas na sala, deixando claro que os desenvolvedores fizeram o dever de casa e entendem o que estamos tentando fazer como uma empresa.
Espero que esses conselhos sirvam de motivação e inspiração para você contar a história do seu jogo com a mesma energia e entusiasmo que dedicou à criação dele. Reserve um tempo para entender o que seu público-alvo quer e precisa, crie materiais e produtos finais empolgantes e conclua com o que você está procurando. Lembre-se de que argumentar a venda é uma arte. Portanto, seja carismático, criativo e boa sorte. Você vai conseguir!
Veja como as soluções do Google podem ajudar você em todo o ciclo de vida, agora e no futuro.
Fontes